Zola Blood: Infinite Games

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De tempos em tempos retomo a busca de uma síntese de batidas dançantes introspectivas que me foram prometidas em momentos diversos das carreiras de New Order e Pet Shop Boys. Semana passada acabei tropeçando em Zola Blood, um grupo novo que me entregou o lindo Infinite Games. Num primeiro momento parece uma atualização de Bronski Beat, o que não deixa de ser coerente com a proposta do começo deste parágrafo. São dez canções em um álbum consistente. São canções eletrônicas de letras relevantes, com variedade rítmica adequada e guitarras discretas. Os vocais são esparsos e oníricos, estrofes e refrães eficazes, memoráveis. Tenho gostado especialmente de Play Out, a primeira que escutei deles, mas as outras canções do álbum estão à altura, construindo uma compilação onde tudo funciona para desembocar numa faixa mais lenta que me faz ter vontade de escutar de novo a primeira. Este é um ideal de álbum desde que me percebi interessado por música. Um apelo simples e direto, sofisticado na medida que me apetece, por alguns quarenta minutos eu volto a ser um adolescente em frente a um toca-discos.

Sobre gilvas

Pedante e decadente, ao seu dispor.
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3 respostas para Zola Blood: Infinite Games

  1. Linuz disse:

    Descobri o zola blood recentemente e também gostei do som. Recomendo você ouvir Phoria, tão bom quanto ou, na minha humilde opinião, melhor ainda. Você é literalmente abduzido quando escuta.

  2. Mario Tessari disse:

    A música tem essa magia de nos levar a reviver momentos maravilhosos do nosso passado.
    Nunca ouvi as músicas: não posso avaliar. No entanto, li e apreciei a análise, concisa e consistente.
    Parabenizo o autor.

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